22 de outubro de 2012

Orientação Técnica - História e Memória no Currículo do Estado de São Paulo


Participar da ação educativa fornecida pela parceria com o Núcleo de Ação Educativa do Arquivo Público do Estado, este projeto se propõe a possibilitar a discussão a respeito da atuação do Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo – Deops/SP, um dos mais relevantes órgãos de controle social e repressão institucionalizada, e das manifestações de resistência política da sociedade em oposição ao Estado Novo e ao regime militar.

A atividade busca integrar os potenciais educativos do acervo documental do Deops/SP e da exposição de longa duração do Memorial, instalada no espaço carcerário remanescente e que conta tanto com esse acervo documental e de outros arquivos, quanto com as memórias de ex-presos políticos que passaram pelo prédio, tendo como um dos objetivos despertar nos jovens a reflexão sobre os processos de construção da memória social e os usos dos vestígios desta memória.

A Memória, no sentido primeiro da expressão, é a presença do passado. A memória é uma construção psíquica e intelectual que acarreta de fato uma representação seletiva do passado, que nunca é somente aquela do indivíduo, mas de um indivíduo inserido num contexto familiar, social, nacional.

Como lembrou Jacques Le Goff, foram  os gregos antigos quem fizeram da Memória uma deusa, de nome Mnemosine. Ela era a mãe das nove musas procriadas no curso de nove noites passadas com Zeus.  Mnemosine  lembrava aos homens a recordação dos heróis e dos seus grandes feitos, preside a poesia lírica. Deste modo, o poeta era um homem possuído pela memória, um adivinho do passado, a testemunha inspirada nos “tempos antigos”, da idade heróica e, por isso, da idade das origens.

Não obstante, conforme Peter Burke, os historiadores se interessam ou precisam se interessar pela memória, considerando dois pontos de vista: como fonte histórica e como fenômeno histórico.  Sob o primeiro aspecto, além de estudarem a memória com fonte para a história, os historiadores devem elaborar uma crítica da reminiscência, os moldes da operação de análise dos documentos históricos. Na verdade, essa tarefa começou a ser cumprida em parte nos anos sessenta, quando alguns historiadores contemporâneos passaram a entender a relevância da história oral.

O desenvolvimento da atividade com os professores da Diretoria de Ensino  vem de encontro ao Currículo do Estado de São Paulo, tem como um dos conteúdos trabalhar com os alunos de História a temática História e Memória, esta ação educativa ira de encontro com o Currículo do Estado de São Paulo.

DATA 07-11-12
DIRETORIA DE ENSINO DE SUL 1 -   
MEMORIAL DA RESISTÊNCIA 

40 PROFESSORES DE HISTORIA
HORARIO DA CONVOCAÇÃO DAS 12:00 AS 18:00 

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