Após 'Caçadas de Pedrinho', entidade quer
barrar distribuição de 'Negrinha'. Governo rejeita censura e diz que
professores devem contextualizar obras.
Após
"Caçadas de Pedrinho", agora o livro "Negrinha", do
escritor Monteiro Lobato, é alvo de movimentos sociais que pretendem barrar a
sua distribuição pelo governo por suposto conteúdo racista e sexista. Nesta
terça-feira (25), o Instituto de Advocacia Racial e Ambiental (Iara) protocolou
representação na Controladoria-Geral da União (CGU) pedindo que as obras deixem
de integrar o Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE), que distribui
livros a bibliotecas escolares do país.
A
assessoria de imprensa da CGU confirma o recebimento do documento e diz que
técnicos irão avaliar seu conteúdo antes de a controladoria se manifestar. O
MEC, responsável pelo programa de distribuição, disse que ainda não foi
notificado e não comentou o teor da representação.
A
ação foi apresentada no mesmo dia de uma reunião do instituto com o Ministério
da Educação. O encontro – que durou cerca de três horas, na sede do ministério
– terminou sem acordo. No centro da discussão está um mandado de segurança
impetrado pelo Iara no Supremo Tribunal Federal (STF) questionando a aquisição
do livro "Caçadas de Pedrinho" pelo PNBE. O Iara também alega que há
elementos racistas na obra.
O
ministro que analisa o caso, Luiz Fux, poderá convocar uma nova audiência de
conciliação entre as partes ou optar por levar o processo ao plenário do
tribunal. Na reunião desta terça, a nova ação contra "Negrinha" não
foi tratada.
"Negrinha"
foi adquirido pelo governo federal em 2009 e 2010 por meio do PNBE. A obra,
lançada em 1920, reúne 22 contos de Monteiro Lobato. A personagem principal é
uma criança órfã de sete anos "mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos
assustados", diz o texto da obra.
Continue
lendo aqui.
Fonte: G1.
Nenhum comentário:
Postar um comentário